MPT vai investigar denúncia de assédio sexual de dirigente do PV em Salvador

As informações veiculadas na imprensa de que uma funcionária do Diretório Municipal do Partido Verde em Salvador teria sofrido assédio sexual por parte de um dirigente da sigla levou o Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia a abrir inquérito para investigar o caso.

Segundo reportagens publicadas em veículos de comunicação, a vítima, não identificada levou o fato à polícia e estaria com depoimento marcado para hoje (19/04). O MPT vai solicitar da delegacia responsável os dados e apurar os aspectos trabalhistas do fato.

Apesar de já ter sido divulgado o nome do suposto autor do assédio, nada ainda foi comprovado e o MPT deverá manter os nomes da suposta vítima e do suposto autor em sigilo. O órgão vai buscar averiguar se a prática relatada de sugerir a troca de sexo por promoções chegou a ser comunicada à organização partidária e se houve alguma atitude da organização em relação ao caso. O assédio sexual é classificado na legislação trabalhista como uma das formas de assédio moral e a omissão da organização onde o fato acontece pode configurar que o assédio é tolerado e gera consequências à saúde no meio ambiente de trabalho.

Segundo relatos da suposta vítima reproduzidos em reportagens veiculadas em portais de notícias e televisões, um relato semelhante de abuso sexual de outra funcionária do Partido Verde também teria acontecido. “Eu cheguei a escutar de uma pessoa, que trabalhou no partido em 2013, que sofria as mesmas coisas. Ela me falava que, quando ia à sala dele, ele tentava beijar, ele também assediava ela da mesma forma. Só que essa pessoa foi demitida, não sei o que aconteceu com ela”, revelou.

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