Condições precárias de fazenda levam 38 lavradores a buscar apoio em Itabela

Péssimas condições de alojamento, falta de fornecimento de equipamentos de proteção e refeições precárias fizeram um grupo de 38 lavradores supostamente contratados para colher café em uma fazenda no extremo sul da Bahia a abandonar o local e buscar ajuda em Itabela.

Depois de serem deixados na rodoviária, eles procuraram a assistência social do município, que acionou o Ministério do Trabalho. Diante da situação encontrada, o Ministério do Trabalho, em conjunto com o Ministério Público do Trabalho (MPT), passou a acompanhar a situação. Após relatar a situação aos auditores-fiscais e aos procuradores, o grupo recebeu hospedagem e alimentação até que o caso seja esclarecido.

A chegada dos 38 trabalhadores, todos de origem alagoana, mais precisamente do município de Murici, aconteceu na manhã de segunda-feira (21/05). Eles foram deixados na rodoviária de Itabela depois de decidirem não continuar trabalhando na colheita de café, por causa das condições precárias a que estavam expostos, segundo relatos dos próprios lavradores. Sem dinheiro para comprar passagens para retornar para o município onde residem, pediram apoio à Prefeitura, que acionou a Gerência do Trabalho de Eunápolis.

Os procuradores do MPT Italvar Medina e Geisekelly Marques e os auditores-fiscais do trabalho Daniela Palhano e Rafael Lopes, que estiveram no local, conseguiram recursos para que o grupo passasse a noite em uma pousada e a Prefeitura se comprometeu a garantir a alimentação deles até que sejam esclarecidas as circunstâncias do fato relatado. A prioridade dos agentes é prestar apoio aos trabalhadores envolvidos, bem como elucidar os fatos denunciados.

A operação também teve o apoio da Defensoria Pública da União, da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, Polícia Rodoviária Federal e da Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo da Bahia.

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