MPT participa de encontro da rede de proteção da infância com a comunidade

Um debate aberto com a comunidade sobre o papel desempenhado por cada órgão público na rede de proteção à infância e à juventude.

Assim foi o encontro realizado nesta quarta-feira (20/03) no Colégio Estadual Francisco da Conceição Menezes, localizado no bairro Andaiá, em Santo Antônio de Jesus, recôncavo baiano. O evento Acolher para Viver foi promovido pelo projeto Escolas Culturais, uma iniciativa da Secretaria de Cultura do Estado (Secult) e pelo Instituto de Ação Social pela Música, e contou com a participação do Ministério Público do Trabalho (MPT).

Para a procuradora Rachel Freire, que integra a Coordenadoria de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente do MPT, “o encontro foi extremamente proveitoso por permitir um diálogo direto entre os agentes públicos que atuam com as questões ligadas à criança e ao adolescente com a própria comunidade estudantil, propiciando uma troca de informações e a ampliação das discussões para esferas que muitas vezes não são atingidas pelas campanhas e ações de conscientização”.

Dentre os temas abordados pelos convidados a falar com os alunos e professores, estavam automutilação, exploração sexual e trabalho infantil. Cada um deles foi apresentado por representantes de órgãos ligados diretamente ao assunto, de forma didática e acessível à plateia. A procuradora do MPT tratou do conceito de trabalho infantil, buscando desmistificar a mística de que o ingresso precoce no mercado de trabalho pode ser proveitoso. “O jovem que inicia sua vida profissional antes do tempo fatalmente vai abrir mão de etapas fundamentais de sua formação psíquica, física e educacional, o que trará reflexos negativos em sua vida profissional futura”.

A questão da exploração sexual, que está intimamente ligada ao tyrabalho infantil também foi amplamente debatida. O fato de iniciar uma atividade remunerada sem ter uma qualificação profissional concluída muitas mezes empurra os jovens para a a exploração sexual. Essa questão foi esclarecida pelos representantes dos órgãos participantes. Além das palestras, também houve apresentação teatral do grupo La Barraca.

A procuradora Rachel Freire falou sobre trabalho infantil
A procuradora Rachel Freire falou sobre trabalho infantil

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