MPT na Bahia abre investigação e convoca reunião com a Ford nessa quinta

O Ministério Público do Trabalho (MPT) fará audiência virtual na quinta-feira (14/01), às 9h30, com representantes da Ford para discutir as demissões decorrentes do fechamento das fábricas da montadora no Brasil.

Segundo a própria companhia, os desligamentos podem atingir cinco mil funcionários no país. O caso está sob a responsabilidade da procuradora Flávia Vilas Boas, que contará ainda com o apoio do procurador-geral do MPT, Alberto Balazeiro, e do coordenador nacional de Promoção da Liberdade Sindical e do Diálogo Social (Conalis) do MPT, Ronaldo Lima dos Santos. Também deve participar do encontro o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco Leal.

O MPT vai inicialmente buscar com a empresa informações sobre como ela pretende conduzir as negociações com seus empregados. O órgão também está empenhado em medir os impactos indiretos do fechamento das fábricas na Bahia, São Paulo e Ceará, uma vez que o sistema de produção envolve empresas satélites, que forneciam serviços e peças para a montadora. A empresa já teria agendado para o próximo dia 18 uma reunião com o sindicato dos metalúrgicos para discutir o assunto.

Na segunda-feira, 11, a montadora americana anunciou o fim de uma história de um século de produção de carros no Brasil. A Ford, que já tinha encerrado, em 2019, a produção de caminhões em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, comunicou que vai fechar neste ano as demais fábricas no Brasil: Camaçari (BA), onde produz os modelos EcoSport e Ka; Taubaté (SP), que produz motores; e Horizonte (CE), onde são montados os jipes da marca Troller. Serão mantidos no Brasil a sede administrativa da montadora na América do Sul, em São Paulo, o centro de desenvolvimento de produto, na Bahia, e o campo de provas de Tatuí (SP).

NF 44.2021.05.000

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