Procuradores do MPT participam de evento sobre tráfico de pessoas

O procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia, Alberto Balazeiro, e o procurador do trabalho Ilan Fonseca participaram ontem (08) do lançamento “Julho Azul”, campanha de combate ao tráfico de pessoas na Bahia, desenvolvida pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS).

O evento que foi realizado na sede do Ministério Público do Estado, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), e contou com palestras, debates e participação de representantes de órgãos públicos. A programação das atividades pode ser acessada por meio da fanpage da secretaria no Facebook: Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social.

“O tráfico de pessoas está intimamente ligado a questões como o trabalho infantil e o trabalho análogo ao de escravos, já que quando a criança começa a trabalhar, normalmente negligencia os estudos, deixa de se qualificar e, quando adulta, acaba sendo um alvo fácil para aliciadores que as atraem para o tráfico de pessoas e para o trabalho degradante, pela falta de opções. Precisamos, todos cortar esse mal desde sua raiz, que é o trabalho infantil”, propôs Alberto Balazeiro. Ele elogiou a iniciativa do Julho Azul, que promoverá atividades de esclarecimento e combate ao tráfico humano na Bahia, que faz parte da campanha internacional Coração Azul, iniciativa do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).

Em sua palestra sobre trabalho escravo, o procurador Ilan Fonseca, destacou que o aliciamento de pessoas é feito com base em falsas promessas aos trabalhadores. “Prometem uma vida fácil. No caso do trabalho escravo, um bom emprego, com alimentação farta, alojamentos, bom salário. Assim, os trabalhadores são seduzidos. Os aliciadores se aproveitam de situações de desemprego e de miséria”, relatou. Segundo ele, pessoas que vêm de outro local, outra cidade, ficam mais suscetível à coação, pois nessas condições as pessoas sujeitam-se mais facilmente ao controle dos aliciadores. “Algumas atividades ilegais se associam ao tráfico de pessoas para se aproveitarem de uma condição vulnerável. Ela fica refém e mais vulnerável a acatar o controle e as punições impostas”, concluiu.

Participaram do evento o cantor Tatau (padrinho da campanha na Bahia), o secretário da SJDHDS, Geraldo Reis, representantes da SPM, Setre, Sepromi e Serin, além do Tribunal de Justiça, Defensoria Pública, Polícia Militar, Centro de Defesa da Criança e do Adolescente da Bahia (Cedeca), comissões da Assembleia Legislativa de Direitos Humanos, de Promoção da Igualdade e de Direitos da Mulher e agentes comunitários de direitos humanos. O quinteto de sopro do Neojibá e o Teatro da PMBA também se fizeram presentes com suas apresentações sobre o tema.

Os procuradores Ilan Fonseca e Alberto Balazeiro, além do superintendente do Trabalho, Severiano Alves, prestigiaram o evento
Os procuradores Ilan Fonseca e Alberto Balazeiro, além do superintendente do Trabalho, Severiano Alves, prestigiaram o evento

Tags: Trabalho Escravo

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