MPT lança na Bahia projeto inédito de aprendizagem no setor de vigilância

“A Bahia vai dar uma aula ao Brasil de aprendizagem profissional. Neste momento são 30 vagas. Parece pouco, mas é o primeiro grande passo para abrir um enorme nicho de oportunidades para a juventude entrar no mercado de trabalho pela porta da frente e para o setor contar com mão de obra capacitada”.

A afirmação foi feita pelo procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia, Luís Carneiro, na abertura da reunião de apresentação do curso de qualificação profissional para o setor de vigilância patrimonial. Fruto de uma atuação conjunta capitaneada pelo MPT e pela Superintendência Regional do Trabalho (SRT-BA), o projeto permitirá que as empresas do setor possam ter programas de formação de mão de obra e cumprir a lei de cotas de aprendizagem.

O encontro foi realizado na sede do MPT, no Corredor da Vitória, em Salvador, na manhã desta quinta-feira (04/08). Participaram representantes do Sindicato das Empresas de Segurança Privada (Sindesp-BA) e do Sindicato dos Vigilantes do Estado da Bahia (Sindvigilantes), além dos dois parceiros responsáveis pela realização do curso, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e a Escola Baiana de Formação de Vigilantes. As empresas já puderam reservar vagas para o curso piloto estruturado para servir de modelo para implantação do projeto.

“Essa é uma construção coletiva. O MPT e a SRT-BA apenas são facilitadores que reuniram sindicatos, Senac e a Escola de Vigilantes para que todos pudessem contribuir com ideias e com ações concretas”, afirmou a procuradora do MPT Adriana Campelo. A auditora-fiscal do trabalho Taís Arruti lembrou que a ideia de estruturar um curso para receber jovens aprendizes e capacitar mão de obra para o setor partiu do representante de uma empresa que ela fiscalizava. “Esse projeto nasceu do desejo de todos os envolvidos de solucionar uma dificuldade que os empregadores da área de segurança patrimonial sempre alegavam para cumprir a cota de aprendizes”, destacou.

As primeiras 30 vagas vão ser preenchidas por jovens entre 21 e 24 anos que tenha concluído o ensino médio. Durante dez meses, eles deverão receber salário proporcional à carga horária de seis horas para frequentar aulas de segunda a sábado. Depois de cumprir os dois primeiros ciclos, os aprendizes seguirão para aprendizagem nas empresas contratantes. No fim desse período, os aprendizes sairão com certificado para atuar profissionalmente como vigilantes. O pagamento dos salários ficará a cargo das empresas do setor, que têm por lei a obrigação de contratar aprendizes em quantidade correspondente a pelo menos 5% dos postos de trabalho que exigem qualificação profissional.

Evento reuniu representantes de empregadores e empregados para implantar curso de aprendizagem no setor de segurança patrimonial
Evento reuniu representantes de empregadores e empregados para implantar curso de aprendizagem no setor de segurança patrimonial

 

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