COETRAE-BA 10 anos – Por que a Bahia é referência mundial no tema

Membros da Comissão para Erradicação do Trabalho Escravo da Bahia (Coetrae Bahia) afirmaram durante seminário que marcou os dez anos da entidade que o êxito da experiência baiana no combate ao trabalho escravo se deve à força institucional ao bom relacionamento entre os agentes envolvidos.

O presidente da Coetrae Bahia, Admar Fontes Júnior, falou que os bons resultados alcançados no estado são fruto da conexão e do diálogo. “A meta da OIT é erradicar o trabalho escravo em todo mundo até 2030. É possível atingir a meta atuando em rede bem articulada. É por isso que a Bahia é referência mundial no combate ao trabalho escravo”, disse Admar.

O sucesso da experiência baiana de articulação das diversas instituições ligadas ao tema em uma rede constante de atuação foi o assunto da segunda mesa temática do seminário, realizado na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Salvador. Coube à diretora da ONG Avante, Ana Luiza Burato, fazer a mediação dos debates, que contou além de Admar Fontes, com Gilca Oliveira, Patrícia Lima e Uallace Moreira Lima.

Outro fator de sucesso apontado por Admar foi o caráter preventivo da atuação da Coetrae e o planejamento das operações de resgate. “Deslocar uma equipe para fazer resgate tem um custo, por isso tudo é feito com estudo e planejamento para otimizar o resultado dos esforços”.

A diretora executiva do Instituto Trabalho Decente, Patrícia Lima, fez um breve histórico dos dez anos da Coetrae e pontuou que fatores importantes, como mobilização constante, institucionalização do processo e decisão política entre as fórmulas de sucesso da Coetrae Bahia. “Todos os órgãos que compõem a Coetrae se apropriaram de verdade da causa e as prioridades são definidas por consenso. Cada órgão membro tem pessoas capacitadas no assunto”.

A pesquisadora Gilca Oliveira, do Grupo de Pesquisa Geografar, e o professor da Universidade Federal da Bahia Uallace Moreira Lima apresentaram mapeamentos das ocorrências de trabalho análogo ao de escravo na Bahia. Os números podem ser observados nos slides disponíveis a seguir.

Apresentação de Admar Fontes Júnior

Apresentação de Patrícia Lacerda Lima

Apresentação de Gilca Oliveira

Apresentação de Uallace Moreira Lima

 

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